segunda-feira, janeiro 02, 2006

26/10

Não sei quantas foram as vezes, neste último ano, em que tive de encarar o dia. Encarava-o já fugindo, como que assustado, incapaz.
Alento? Só mesmo o sono.
De que fugia? Da vida, que insistia em me apresentar nucas. Meus caros, se nunca pensaram acerca das nucas considerem-se felizes, mas, se pelo contrário, numa noite de outubro só mirarem nucas, questionem-se a respeito da amizade.
No entanto, uma paixão tem me feito Phoenix; encarando a luz agora sem medo, voltando a fazer das Luzes minha Razão. Ahhhhh, nada como uma paixão.

segunda-feira, setembro 12, 2005

Os mistérios do Xadrez sueco!

Tem-se de pensar antes de decidir; e cogitar ainda mais antes de iniciar o movimento, que sempre é precidido de um gesto sutil - mas não se enganem -, gesto este já movimento.
Pois depois disso feito, o movimento se faz e nada no mundo é capaz de mudar essa realidade.
Essa lição foi duramente apreendida por mim, mas afinal o que eu esperava? É uma lição, a queria sutil? Se assim fosse, não mereceria tal alcunha - pedagogia a qual devo a um amigo em especial.

Pois bem, mas ainda não é o final. O movimento está iniciado, mas sua conclusão ainda lhe pertence de alguma forma. Prestem atenção ao fato de que não imputo absoluto pertencimento à razão quanto à conclusão, pois esta é deveras influenciada pela respiração, olhares e interação de qualquer natureza com o adversário. Peço aqui que não imputem uma dose em excesso pejorativa a "adversário"; creio que toda intereção se dá dessa forma, através de interlocutores sociais que são adversários de diferentes maneiras, estas sim podendo imputar doses mais elevadas ou mais brandas de pejoração.

Depois de observados todos esses cuidados - sim, são cuidados! - o que nos resta é esperar pelo pensar, cogitar e mover de nosso querido (ou não) adversário. Se os senhores agora não se levantarem com indignação contra a falta de cuidados os quais a simples "espera" não esgota, claro demonstra-se a falta de lições a serem apreendidas.

"Amor de pica quando bate fica."

A sentença em verde foi proferida por Nietzsche, obviamente em alemão!

Mas ainda não me decidi entre pompoarismo e Mal de Parkinson.
Aceito convites!

sexta-feira, setembro 09, 2005

Arcimboldo e Boteco

-Cara, essa menina é linda, preciso pintá-la.
-O que te atraí nela?
-Ahhh, olhe aquelas maçãs rosadas.
-É, seria uma bela natureza-morta.

Ahn?

Descobri ante-ontem: a Máscara é o Ego.
Pensei uns minutos depois: onde estão meus alter-Egos? Deus!, que fiz deles?
E por fim condenei-me; mateio-os!

quarta-feira, agosto 31, 2005

Amizade Política? Hanna, vai tomá no cu!

Domingão de sol em Sampa, ele em casa no meio da tarde quando toca o telefone.

Introdução:
-Oi, nossa que legal você ligar. -É, eu e a Ká resolvemos ligar. Dá pra você ligar aqui? -Beleza, beijos.
-na hiância do Beleza se esconderam quase quatro anos cravados de lembranças.

Alguns Atos:
- É, aquela "loca" foi foda! Por conta dos pentelhos que estavam nascendo, enquanto eu xupava me senti como beijando outro homem -não me orgulho mais do "loca". -Nossa... -risadas, Karina e ela no viva-voz. -É, ela era meio preguiçosa tb -uma das minhas melhores definições de mulher até hj. -(Risos sem jeito, atingindo o sarcasmo no final) -Hum e vc e sua amiga, como está a vida sexual em Paris? -Ahhh, nada d+, só um "australiano" que conheci num café com a Karina. -acreditem, ela disse australiano!!! também, quem mandou perguntar? -Legal o figura? -perguntei com um boa dose de sinceros interesses. -Pois é, a Karina conheceu um educado "alemão" que a levou de lá; daí o australiano -eu juro que ela disse australiano!- estava com algumas gracinhas e rolou. Dormimos fora eu e a Ká! Hehehehe. -Haha ha ha. E foi legal? -Ahhh, num dormia numa cama de casal há algum tempo, só eu e a Karina dividindo a cama de solteiro. Aproveitei, né. Ele era tattoado, bonito. Só que doeu um pouco. -Ah é, faz muita diferença isso? -homens clomplexos; garotos com complexos; ele: complexo, ainda garoto com complexos -Ah, doeu no começo, só. -Humm.

Atos finais:
-E você, como está? -disse ela, quase diligente. -Ahn, eu tô de boa, sussegado. Mas fico meio noiado de ficar por ficar assim. É massa no dia, mas depois é foda. -confissão deveras moderna aliada a uma gíria ousada e supimpa! -Pô V., vive a vida, cara! Você tem 20 anos! -provavelmente das coisas mais sábias que ouvi nesses tempos. -É, eu sei, linda. -quem era eu pra discordar de alguém em Paris, conhecendo australianos tatooados, entre uma merda e outra, claro! e acima de tudo, vivendo como nunca?

E V. pensa que a conversa foi proveitosa: o fez esquecer da ex que havia visto no sábado.

domingo, agosto 28, 2005

Significante Mestre

Estúpido = Grosso + Babaca

segunda-feira, agosto 15, 2005

Um passeio à biblioteca.

Me perguntei diversas vezes após aquele dia na biblioteca, como não querer tê-la?
Não queria apenas deitar-me, fodê-la, coisas de com puta!
Não, meu desejo era possuí-la, tê-la minha e só minha.
Egoísta, sem dúvida, se P. me permitisse tê-la, nunca mais haveria de deixá-la, a compraria um livro por dia se necessário, a dividiria apenas com as palavras.

Queria tê-la em minha sala ou em meu banheiro(posto que intimidade busco incessantemente, mesmo que artificialmente), teria contruído um escritório só para ela, com o intuito único de prorrogar indefinidamente o tempo-espaço de então; mão esquerda acompanhando os olhos sobre as páginas de Brás Cubas, mão direita enterrada entre os cabelos longos, negros e lisos, os impedindo de impedir sua visão e sustendando o rosto talhado à faca; olhos castanhos que pareciam fitar além das páginas, para além daquele lugar inóspito e impessoal, para dentro do mundo mediado pelo mestre e por sua imaginação de mulher, pois há muito deixara de ser menina.

Quanto a mim?! Ah, eu só podia querer tê-la! Não me sentia à sua altura, porém.
Além de minha pequenez, havia algo que não podia me incomodar mais. Mesmo linda, era gauche de tal forma que nenhum homem a pudesse endireitar.
E eu só pensava se as palavras de Machado diziam algo para ela, "Por que, Por que bela, se coxa?; para mim, resumiam a vida naquele instante.

sábado, agosto 13, 2005

Não há verdade na ágora!

Mas que grande merda!
Tirei a porra da máscara que tanto me incomodava, descobri o quão podre sou!
Mas pra que, pra que?
Descobri que "seguir as regras" era preciso, agir como um funcionário público em público era o que deveria ser feito e deixar para ser com as pessoas que mereciam o que eu era!
Na ânsia da espontaniedade inverti os papéis, me descobri na praça e perdi-me dentro de meu quarto!

Eu quero minha máscara de volta!
Não quero mais fugir, só quero uma máscara!

quinta-feira, abril 07, 2005

"Feliz de mim" ou "Bruma"...a decidir...

Feliz de mim! Saboreei a bruma dos sonhos, fazendo destes um tanto quanto anti-oníricos, quase reais.
Na bruma é que espero encontrar minha Pasárgada e minha Dulcinéia - certamente, tendo de travar batalhas talvez tão reais quanto as de qualquer quixotesco.
É o limiar que me atrai, todos os limiares.

domingo, julho 25, 2004

Você acredita? Em q?

"Há também um número de almas honestas, mas fracas, que, muito inteligentes para levar os dogmas cristãos a sério, rejeita-os a retalho, mas não têm a coragem, nem a força, nem a resolução necessária para repeli-los por atacado. Elas abandonam à crítica todos os absurdos particulares da religião, elas desdenham de todos os milagres, mas se agarram desesperadamente ao absurdo principal, fontes de todos os outros, ao milagre que explica e legitima todos os outros milagres, à existência de Deus.(...)São almas incertas, doentes, desorientadas na civilização atual, não pertencendo nem ao presente nem ao futuro, pálidos fantasmas eternamente suspensos entre o céu e a terra(...). Elas não têm força para pensar até o fim, nem para querer, nem para se decidir, e perdem seu tempo e sua ocupação esforçando-se sempre em conciliar o inconciliável"

M. Bakunin

É assim q eu percebo mtos de meus amigos e conhecidos qdo a pergunta título desse post lhes é colocada.
Nada contra quem acredita, nada contra quem não acredita.
Mas a partir do momento em que você assume a crença, isso deveria se tornar algo importante pra sua vida.
Mas existir ou não um Deus não é qualquer coisa sem importância, não é uma coisa q se impõe a ti e se aceita pacificamente somente pq seus pais, sua família, sua sociedade assim disse. Pelo menos não se deveria aceitar pacificamente algo dessa importância.
Se você acredita, pense nos pqs de sua crença (seja ela qual for...não importa se vc acredita em Deus, Buda, Jesus, Marx, na Ciência, no Caos, no seu anão de jardim e nos duendes q brincam com ele).
Não, fé não precisa ter uma justificação racional para aqueles q acreditam, mas as consequências que advém dessa fé deveriam ser assumidas em sua amplitude máxima. Não defendendo aqui o fanatismo, longe disso. Tolerância é um de meus conceitos, princípios mais caros. Mas o exercício da fé de maneira alguma exclui a prática da tolerância, e se vc acredita, deveria assim buscar saber mais e mais sobre aquilo em q vc acredita, aquilo em q vc deposita sua fé.

Eu tenho fé em algumas coisas.
Uma coisa q não consigo ter é desinteresse em relação àquilo em q acredito.
E não consigo entender, até me causa desconforto ver, esse desinteresse em outros, acima de tudo em pessoas com quem eu me importo.

terça-feira, junho 29, 2004

Chapter One

What's in the mirror that stops her from smiling?

In her house, with Daniel in her arms, she thinks about the great dinner where they were celebrating her 27th anniversary. In the "party", a good boyfriend, who would became a husband soon, a sister and 5 or 6 great friends. It has been 2 long years since that night, when Anne claimed that situation for good, while in his arms, since she tought that it was going to last forever. An year and a half, a little bit more or less, since she said "I don't need u anymore, all about our fire is gone!!! Go and find someone to love, someone that really loves u, like u love me, because I'm not that person." And she said it with her heart bleeding, but with no tears dropping from her beautifull eyes. She felt like dying on that moment, just by looking in his eyes. But the plan was about make him buy that story. She doesn't know for sure how much time ago that happened. Ater that, days, weeks and months in her calendar don't mean much, anyway. Doctor Joseph said "about six months, an year if you're luck. But untill there everything will be the same and when it comes, it will be fast and painless", and she laughs ironicly thinking about that. Not even for that kind of thing she had took the right time. And she thinks that really luck she would be if that all could end in a day, an hour or a minute. Because now she knows that the real pain isn't the one u can feel in your body using your brain, but that one wich u can feel in your soul, using your heart.

Bom, saiu em inglês...se eu tiver tempo e/ou paciência, um dia isso aparecerá traduzido...hehehe...